sábado, 25 de março de 2017

Riscos elétricos

Riscos de energização acidental em Trabalhos de Manutenção e Operação elétrica



         
             Arco voltaico
Perturbação elétrica gerada na abertura e fechamento de circuitos, por causa da ruptura dielétrica (isolante) do ar, manifestada na forma de plasma, atingindo a temperatura de 25.000°C e liberando uma quantidade enorme de luz Ultravioleta (UV).
Os eletricistas que trabalham na operação (manobras) e manutenção do Sistema Elétrico Potência - SEP estão sujeitos às queimaduras provocadas pela radiação de calor oriunda do arco elétrico.
Para proteção desses eletricistas utilizamos roupas especiais, ferramentas de interrupção sob carga (Loadbuster) e operações de forma remota através comandos automatizados, visando o aumentar a segurança da IHM (interface homem-máquina).

          Tensão de contato
Diferença de potencial entre uma estrutura metálica aterrada e um ponto da superfície do solo separado por uma distância horizontal equivalente ao alcance normal do braço de uma pessoa. Por definição, considera-se esta distância igual a 1,0 m. Se uma pessoa toca um equipamento sujeito a uma tensão de contato (tensão que pode ocorrer quando de uma descarga atmosférica ou na falha de isolação de algum equipamento) pode ser estabelecida uma tensão entre as mãos e pés chamada tensão de toque. Em consequência poderemos ter a passagem de uma corrente elétrica pelo braço , tronco e pernas cuja duração e intensidade poderão provocar a fibrilação cardíaca, queimaduras ou outras lesões graves ao organismo.   


Medidas de controle simples como utilização de aterramento e dispositivos de corte de corrente elétrica em fuga (IDR), aliado a EPI’s adequados a tensão de uso, são ferramentas eficazes para evitar este tipo de acidente 

Tensão de passo 

       A tensão de passo é a diferença de potencial em que uma pessoa se encontra entre as 
duas pernas, no instante em que esteja passando pelo solo uma corrente elétrica 
intensa, como proveniente de uma descarga atmosférica, ou a fuga ou queda de algum cabo 
de alta tensão da rede aérea de distribuição. Trata-se de um critério de projeto para malha 
de aterramento.
Uma explicação prática para este efeito está na lei de Ohm. O solo “funciona” como uma associação infinita de resistores em série; possui resistência elétrica relacionada em Ω.m. Solos mais úmidos possuem menos resistência, solos mais secos possuem resistência maior. Vamos supor que em uma subestação de 13,8kV um cabo se parta e fique vivo em contato direto ao solo, ocasionando uma fuga de corrente em um piso que tenha, por conta de leve umidade,em torno de 1800Ω.m; em 25cm deste piso teríamos então 1800 x 0,25 = 450Ω. Digamos que nesta fuga esteja drenando no circuito uma corrente de 2,8A, teremos neste raio de piso, ou passo, uma queda de tensão de 450 x 2,8A =1,26kV, que seria suficiente para provocar a eletrocussão nos membros inferiores. Talvez não seja mortal, mas em corrida, os danos musculares e a queda podem ser muito danosos. Por este motivo se equipotencializam pisos, com a colocação de malhas sob pisos e ate mesmo com pisos condutivos, em locais onde é necessário este tipo de aplicação, como salas de cirurgia, onde se utiliza bisturi  e cauterizadores elétricos.

          Tensão de magnetização

Certos tipos de materiais quando expostos a um campo magnético podem ser magnetizados permanentemente. Após serem magnetizados, não perdem facilmente sua magnetização, a não ser quando forem aquecidos até determinada temperatura (temperatura de Curie) ou se a eles for aplicado um campo magnético com sentido contrário ao sentido da magnetização.
Não podemos nos esquecer de que a temperatura de Curie depende de cada material ferromagnético. Podemos citar o ferro, por exemplo, que possui uma temperatura de desmagnetização quando aquecido a uma temperatura de 770ºC.  
Este é um fenômeno chamado Histerese, que é uma magnetização temporária ou          permanente muito importante em maquinas de corrente alternada(AC), especificamente em transformadores de potência, pois seu núcleo acumula energia magnética, gerando tensão induzida em seu primário, geralmente de alta tensão, transitória, mas que pode ser fatal. Neste ponto que se aplica o aterramento temporário, para descarregar a energia acumulada em seu núcleo e zerar a tensão induzida.








         Tensão estática acumulada
Longas linhas de transmissão desligadas e não-aterradas podem acumular grande
quantidade de carga eletrostática pela ação dos ventos em seus condutores. A intensidade
de carga acumulada depende de uma série de fatores, tais corno o comprimento da LT,
velocidade do vento, direção do vento em relação à LT, etc.
Devido também a alta tensão utilizada, a diferença entre os cabos e sistemas de isolação das
torres faz como se os cabos se comportem como capacitores, ficando carregados, sendo
necessário descarregar a energia estática para a manutenção e operação dos mesmos.







 Dúvidas?!?!?!?!

Erit quaestio scientium nostrum est!

Sua dúvida será nosso conhecimento!







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