Riscos de energização acidental em Trabalhos de Manutenção e Operação elétrica
Arco
voltaico
Perturbação elétrica gerada na abertura e
fechamento de circuitos, por causa da ruptura dielétrica (isolante) do ar,
manifestada na forma de plasma, atingindo a temperatura de 25.000°C e liberando
uma quantidade enorme de luz Ultravioleta (UV).
Os eletricistas que trabalham na operação
(manobras) e manutenção do Sistema Elétrico Potência - SEP estão sujeitos às
queimaduras provocadas pela radiação de calor oriunda do arco elétrico.
Para proteção desses eletricistas utilizamos roupas
especiais, ferramentas de interrupção sob carga (Loadbuster) e operações de
forma remota através comandos automatizados, visando o aumentar a segurança da
IHM (interface homem-máquina).
Tensão de
contato
Diferença
de potencial entre uma estrutura metálica aterrada e um ponto da superfície do
solo separado por uma distância horizontal equivalente ao alcance normal do
braço de uma pessoa. Por definição, considera-se esta distância igual a 1,0 m.
Se uma pessoa toca um equipamento sujeito a uma tensão de contato (tensão que
pode ocorrer quando de uma descarga atmosférica ou na falha de isolação de
algum equipamento) pode ser estabelecida uma tensão entre as mãos e pés chamada
tensão de toque. Em consequência poderemos ter a passagem de uma corrente
elétrica pelo braço , tronco e pernas cuja duração e intensidade poderão
provocar a fibrilação cardíaca, queimaduras ou outras lesões graves ao organismo.
Medidas
de controle simples como utilização de aterramento e dispositivos de corte de
corrente elétrica em fuga (IDR), aliado a EPI’s adequados a tensão de uso, são
ferramentas eficazes para evitar este tipo de acidente
Tensão de
passo
A tensão
de passo é a diferença de potencial em que uma pessoa se encontra entre as
duas pernas, no instante em que esteja passando pelo solo uma corrente elétrica
intensa, como proveniente de uma descarga atmosférica, ou a fuga ou queda de algum cabo
de alta tensão da rede aérea de distribuição. Trata-se de um critério de projeto para malha
de aterramento.
duas pernas, no instante em que esteja passando pelo solo uma corrente elétrica
intensa, como proveniente de uma descarga atmosférica, ou a fuga ou queda de algum cabo
de alta tensão da rede aérea de distribuição. Trata-se de um critério de projeto para malha
de aterramento.
Uma
explicação prática para este efeito está na lei de Ohm. O solo “funciona” como
uma associação infinita de resistores em série; possui resistência elétrica
relacionada em Ω.m. Solos mais úmidos possuem menos resistência, solos mais
secos possuem resistência maior. Vamos supor que em uma subestação de 13,8kV um
cabo se parta e fique vivo em contato direto ao solo, ocasionando uma fuga de
corrente em um piso que tenha, por conta de leve umidade,em torno de 1800Ω.m;
em 25cm deste piso teríamos então 1800 x 0,25 = 450Ω. Digamos que nesta fuga
esteja drenando no circuito uma corrente de 2,8A, teremos neste raio de piso,
ou passo, uma queda de tensão de 450 x 2,8A =1,26kV, que seria suficiente para
provocar a eletrocussão nos membros inferiores. Talvez não seja mortal, mas em
corrida, os danos musculares e a queda podem ser muito danosos. Por este motivo
se equipotencializam pisos, com a colocação de malhas sob pisos e ate mesmo com
pisos condutivos, em locais onde é necessário este tipo de aplicação, como
salas de cirurgia, onde se utiliza bisturi
e cauterizadores elétricos.
Tensão de
magnetização
Não podemos nos esquecer de que a temperatura de Curie depende de cada material ferromagnético. Podemos citar o ferro, por exemplo, que possui uma temperatura de desmagnetização quando aquecido a uma temperatura de 770ºC.
Este é um
fenômeno chamado Histerese, que é uma magnetização temporária ou permanente
muito importante em maquinas de corrente alternada(AC), especificamente em transformadores de potência, pois seu núcleo acumula energia magnética, gerando
tensão induzida em seu primário, geralmente de alta tensão, transitória, mas
que pode ser fatal. Neste ponto que se aplica o aterramento temporário, para
descarregar a energia acumulada em seu núcleo e zerar a tensão induzida.
Longas linhas de transmissão
desligadas e não-aterradas podem acumular grande
quantidade de carga eletrostática pela ação dos ventos em seus condutores. A intensidade
de carga acumulada depende de uma série de fatores, tais corno o comprimento da LT,
velocidade do vento, direção do vento em relação à LT, etc.
quantidade de carga eletrostática pela ação dos ventos em seus condutores. A intensidade
de carga acumulada depende de uma série de fatores, tais corno o comprimento da LT,
velocidade do vento, direção do vento em relação à LT, etc.
Devido também a alta tensão utilizada,
a diferença entre os cabos e sistemas de isolação das
torres faz como se os cabos se comportem como capacitores, ficando carregados, sendo
necessário descarregar a energia estática para a manutenção e operação dos mesmos.
Dúvidas?!?!?!?!
torres faz como se os cabos se comportem como capacitores, ficando carregados, sendo
necessário descarregar a energia estática para a manutenção e operação dos mesmos.
Dúvidas?!?!?!?!
Erit quaestio scientium nostrum est!
Sua dúvida será nosso conhecimento!
Nenhum comentário:
Postar um comentário